sexta-feira, 6 de julho de 2012

APOSTILAS





Apostila de Geografia
Profº Antonio Villarim
villarim@ig.com.br




GEOGRAFIA FÍSICA

A Geografia Física estuda as características naturais existentes na superfície terrestre, ou seja, as condições da natureza imposta às pessoas nos lugares onde habitam. Diz respeito ao clima, vegetação, relevo, hidrografia, solo,...

ESTUDO DA TERRA

É objetivo da Geologia Geral o estudo dos agentes de formação e transformação das rochas, da composição e disposição das rochas na crosta terrestre.

A Geografia, cujos campos de ação estão na superfície da Terra e seus habitantes, quando se ocupa da conformação da crosta e de sua evolução (Geografia Física), passa a ser um campo especial da Geologia.

Iniciaremos com o estudo da origem do nosso planeta, há cerca de 4,5 bilhões de anos, sua forma, tamanho, peso, densidade, composição e outros aspectos...

Há cerca de 4,5 bilhões de anos, uma densa nuvem de gás e poeira se contraiu e constituiu o Sol. Outras partes dessa nuvem formaram partículas sólidas de gelo e rocha, que se uniram e deram origem aos planetas.
                                                    
Há aproximadamente 4 bilhões de anos, a crosta terrestre começou a adquirir forma. No principio, havia grande numero de pequenas plaquetas sólidas, que flutuavam na rocha fundida.

Com o passar de milhões de anos, a crosta terrestre se tornou mais espessa, e os vulcões entraram em erupção e começaram a emitir gases, que formaram a atmosfera. O vapor de água se condensou, constituindo os oceanos.
                                                    
Há aproximadamente 3,5 bilhões de anos, a maior parte da crosta terrestre já estava formada, mas a configuração dos continentes era muito diferente da atual. As rochas mais antigas da Terra datam do período imediatamente anterior a esse.

A Terra continua em transformação. A crosta está dividida em enormes placas, cujas bordas estão em constante modificação. Os continentes estão sempre em movimento, como resultado das forças do interior da Terra.

A Terra é um esferóide achatado os pólos e dilatado no equador. Considerando que um circulo tem 360º, e cada grau ao longo de seu meridiano equivale a uma distancia de 111 km, conclui-se que a circunferência da Terra é 360 vezes 111 km, ou seja, aproximadamente 40.000 km
O achatamento dos pólos e o crescimento do equador devem-se ao movimento de rotação terrestre. Esse achatamento é tão pequeno que a diferença entre os diâmetros polares e equatoriais é de apenas 44 km (diferença entre 12.756 e 12.712 km).

 Por outro lado, ignorando o achatamento e supondo que a Terra é esférica, com um diâmetro de aproximadamente 12.700 km, com área equivalente a 510 milhões de km².

 O peso da Terra é calculado mediante a lei da gravitação de Newton, de aproximadamente 5,6 sextilhões de toneladas.

 COMPOSIÇÃO DA TERRA

 A maior parte dos conhecimentos que se tem sobre o interior da Terra provém de meios indiretos. Na realidade, dos 6.300 km que separam a superfície terrestre do seu núcleo, conseguiu-se perfurar pouco mais que 0,1% (cerca de 7 km). As rochas mais profundas conhecidas provem das erupções vulcânicas, sem que no entanto se possa afirmar sua profundidade exata. Os bolsões magmáticos de onde se originam as lavas não se encontram em profundidades superiores a 30 km.

 As melhores informações sobre o interior da Terra são fruto de estudo de estudos da propagação das ondas sísmicas originadas pelos terremotos. Um terremoto transmite energia através da Terra na forma de ondas que são sentidas como tremores mesmo a uma distancia considerável da origem. As vibrações da crosta são medidas com sismógrafos.

 A Geologia estuda a constituição e a evolução física da Terra, e por meio da análise das rochas e dos fósseis, isto é, dos restos ou vestígios biológicos preservados em rochas, pode-se saber muito sobre o passado da Terra.

Após a sua formação, a Terra passou por um longo período de resfriamento, transformando-se de uma massa aquecida em um planeta dotado de ar, água, rochas, minerais e solo, isto é, de todas as condições que tornaram possível a existência da vida.

Com a formação da Terra, os minerais densos afundaram e se concentraram no centro, constituindo o núcleo do planeta. Os minerais mais leves produziram uma fina crosta que pouco a pouco se resfriou, dando origem às rochas.

Os gases que escapavam formaram a atmosfera. Quando a temperatura diminuiu, o vapor de água aí contido se precipitou, ocasionando grandes dilúvios, que deram origem aos mares e oceanos.

 As primeiras formas de vida apareceram no mar só há 3,9 bilhões de anos   (Era Pré-Cambriana). No entanto, a vida demorou a se desenvolver plenamente. Foi só há 600 milhões de anos (Era Paleozóica, Período Cambriano) que os seres vivos começaram a se diversificar, evoluindo dos invertebrados primitivos e das plantas marinhas para peixes, anfíbios, répteis e insetos. No período Siluriano (Paleozóico) apareceram as plantas terrestres e as florestas de samambaias e coníferas, que,mais tarde, quando soterradas, originaram o carvão fóssil (Período Carbonífero).

 A deriva dos continentes e a tectônica de placas

Alfred Wegener (1880-1930) elaborou em 1910 uma hipótese que tentava explicar o arranjo e a distribuição das massas continentais atuais - a Teoria da Deriva Continental ou da Translação dos Continentes. Mais recentemente, na década de 1960, um grupo de cientistas, reunindo diversas evidências para tentar explicar como esse processo teria ocorrido, elaborou a Teoria da Tectônica de Placas.

 Teoria da Deriva Continental

De acordo com a teoria de Wegener, no final do Período Carbonífero existia uma única e gigante massa continental, que ele denominou Pangéia (Pan, “todo”; Gea,”terra”), da qual teriam resultado, inicialmente, dois continentes menores.Entre 180 e 200 milhões de anos atrás, mais ou menos a partir do Período Jurássico, os continentes começaram a se afastar tanto na direção oeste (América) quanto em direção à linha do Equador. Formaram-se dois supercontinentes: Laurásia e Gondwana.

 Há 65 milhões de anos, no inicio do Terciário, a América do Sul separou-se da África e, a seguir, a América do Norte separou-se da Laurásia. A Índia continuava a se deslocar em direção à Ásia. A Austrália e a Antártida mantinham-se ligadas.

 Finalmente, nos últimos 65 milhões de anos, as Américas se juntaram, a Austrália separou-se da Antártida e a Índia “chocou-se” com a Ásia”, provocando a formação da Cordilheira do Himalaia. A Groelândia afastou-se da  América, e os blocos continentais ficaram separados pelos oceanos.  

Na época em que foi apresentada, a teoria de Wegener não foi aceita, pois não havia indicação de que os continentes se movessem nem uma explicação razoável para tal fato.

 Teoria da Tectônica de Placas

Descobertas geológicas levaram à Teoria da Tectônica de Placas, que considera a crosta terrestre ou litosfera dividida e se movimentando em placas, denominadas placas tectônicas.

 A partir da Teoria da Tectônica de Placas ficou fácil entender diversos fenômenos. Forças provenientes do interior da Terra fazem com que as placas se desloquem, provocando várias deformações e fenômenos em seus limites externos, como o surgimento de dobramentos, falhas, erupções vulcânicas e terremotos. As áreas geologicamente instáveis da crosta terrestre (Andes, Rochosas, Himalaia) nada mais são do que o resultado de tais colisões ou seccionamentos das placas.

 A expansão do assoalho oceânico leva consigo os continentes que pertencem a cada placa móvel, produzindo a deriva. Como conseqüência deste movimento, enquanto duas placas se afastam por crescimento do assoalho, na margem oposta de uma delas poderá processar-se a colisão por aproximação com a placa adjacente. 

Todo o globo encontra-se dividido em seis placas principais (e outras menores), que descrevem lentos movimentos segundo direções próprias. Quando duas placas colidem, uma delas poderá mergulhar por baixo da outra até penetrar na astenosfera, onde será consumida. Esse fenômeno chama-se subducção.         

 Várias são as explicações para esses deslocamentos: acredita-se que as placas poderiam ser transportadas por correntes de convecção do manto, governadas por forças gravitacionais, ou, ainda, arrastadas. Para este ultimo caso, supõe-se que, num dos seus bordos, as placas podem ser mais frias que a astenosfera ou, ainda, mais pesadas, podendo mergulhar em direção ao manto na zona de subducção.

 O Pangéia constituiu no passado uma massa de terra única, rodeada por um oceano irregular, chamado Pantalassa, que foi o ancestral do Pacifico. A existência do Pangéia terminou no final do Jurássico, quando, mais ou menos ao norte do equador, houve o rompimento do continente, dividindo-se inicialmente em dois, formando a Laurásia e a Gondwana.     


RESUMO DOS ARGUMENTOS  DA DERIVA  CONTINENTAL   

·         A distribuição global dos sistemas de montanhas na superfície terrestre e das fraturas oceânicas e cordilheiras vulcânicas associadas sugere que sua origem está ligada aos deslocamentos sofridos por porções da superfície (placas);

·         A distribuição dos vulcões, terremotos (e falhamentos associados), que se encontram alinhados por distancias de milhares de quilômetros, sugere movimentação em grande escala de material proveniente do interior da crosta (lavas) que se valeu das linhas de ruptura (falhas) para chegar à superfície;

·         Sobre os oceanos há uma capa de sedimentos relativamente delgada, cuja deposição se iniciou quando os continentes começaram a separar-se (Cretáceo);

·         Todas as ilhas oceânicas e vulcânicas são recentes, ou seja, de idade posterior ao inicio da migração dos continentes;

·         Quando uma rocha vulcânica ou sedimentar contém partículas de ferro, este fica magnetizado segundo a direção e polaridade do campo magnético da época (diferente do atual) . Isto demonstra que a posição polar variou no tempo, ou, mais especificamente, que os continentes mudavam-se descrevendo trajetórias próprias. A interpretação é que  as trajetórias de cada  continente com relação ao pólo são diferentes porque se moveram independentemente.

           RELEVO ATUAL

 Atualmente, dos 510 milhões de quilômetros quadrados da superfície do planeta, apenas 149 milhões (29,22%) constituem terras emersas, enquanto os 361 milhões restantes constituem os mares e oceanos.

A distribuição de terras e mares no passado foi diferente da atual. Em todos os continentes de hoje temos registro de antigos mares. As grandes cadeias de montanhas são constituídas de rochas sedimentares marinhas, nas quais são encontradas conchas e outros restos de animais marinhos. Hoje a maior elevação da Terra é o Evereste, com cerca de 8.840m. A maior depressão ou fossa da crosta é a Fossa Filipinas no Pacifico, com 11. 516 m de profundidade. Assim, o maior desnível da crosta é superior a 20 000 m. Enquanto a altura média dos continentes é de 825 m, a profundidade média dos mares é de 3.800m.

Enquanto os mares eram preenchidos de sedimentos, forças internas semelhantes àquelas que produzem os terremotos e vulcanismos elevavam o pacote sedimentar depositado até a altura dos continentes, produzindo dobras, fraturas e metamorfismo, transformando-se em grandes cordilheiras. E entre essas cordilheiras outros mares surgiam.

A CROSTA TERRESTRE

A Crosta terrestre é uma camada relativamente fina, com 20 a 30 km de espessura em média, mais espessa sob os continentes e mais fina sob os oceanos. Ela é constituída, ao menos na porção superior, por rochas semelhantes às que afloram na superfície: granitos, migmatitos, basaltos e rochas sedimentares. Nas porções mais profundas ocorrem rochas escuras e mais pesadas. Nos continentes predominam os primeiros tipos de rochas e nas áreas oceânicas os segundos.

 Estas rochas constituem blocos ou placas de maior ou menor espessura com um comportamento como o de flutuação sobre o substrato mais denso do manto, onde ficam mais ou menos mergulhados, conforme suas espessuras e densidades médias. Assim, as altas montanhas, por serem constituídas de rochas mais leves e mais espessas, estão menos imersas no manto. Os fundos dos oceanos, por sua vez, são constituídos de rochas mais densas, como os diabásios, que afundam mais no manto. Este principio é denominado isostasia. Desta forma, a crosta terrestre é composta de várias partes ou placas que sobrenadam o manto. Até uns 250 milhões de anos atrás, a maior parte dos continentes estava unida num único.

 Entretanto, a partir dessa época, os continentes começaram a se romper lentamente, formando as placas ou blocos independentes que, por sua vez, são arrastados por correntes que movimentam o manto rígido-viscoso. Nessa movimentação, existem zonas onde as placas estão se afastando uma das outras e que são preenchidas por novo material proveniente do interior do manto. Em determinadas zonas, as placas colidem, produzindo deformações, resultando em formação de fossas tectônicas, dobramentos de espessas camadas de sedimentos, falhamentos, formação de cordilheiras etc. São os denominados movimentos tectônicos.

 Provavelmente, a Terra começou como uma poeira cósmica que mantinha em movimento correntes de convecção em seu interior quando, por volta dos 3.000ºC, certas substancias começaram a liquefazer-se.

 Primeiro o ferro liquefeito começou a formar o núcleo, por ser o mais pesado; depois vieram o silício, os óxidos metálicos, dando origem ao manto. Quando a temperatura da Terra diminuiu, também a radiação do calor para o espaço foi reduzida. Entre 1.500 e 800ºC começou a solidificação da crosta. A atmosfera formou-se pouco a pouco e no inicio compunha-se de vapor d’ água, amoníaco e óxido de carbono. A água dos atuais oceanos estava concentrada em parte na atmosfera e em parte ainda no interior das rochas.

 Temos, pois, uma Terra constituída exclusivamente de rochas denominadas ígneas ou magmáticas. Mesmo após esta fase da história da Terra, e até agora, as rochas ígneas que vieram a se formar depois originaram-se do”magma”, ou seja, de rochas de rochas fundidas com temperaturas entre 1.500 e 800ºC que sobem do interior da crosta para a superfície atual derramando-se sob a forma de lavas ou mesmo solidificando-se entre as fraturas pelas quais subiu.

 Com a crosta sólida e a atmosfera continuando seu esfriamento, a maior mudança seguinte ocorreria a 374ºC, a temperatura critica da água, quando o vapor da atmosfera se condensaria em chuva, começando pelas regiões mais frias do globo. Esse deve ter sido o primeiro momento em que caiu água sobre a crosta, desgastando-a e acumulando-se em seguida nas primeiras depressões, formando os primeiros mares.

 Aqui também começam a se formar as rochas sedimentares. A ação da água que caía e corria sobre rochas ígneas previamente formadas reduzia-se em fragmentos de tamanhos diversos que eram transportados e depositados juntamente com lamas mais finas nas depressões preenchidas pelas águas. Esse material, mais tarde consolidado, constituiria as primeiras rochas sedimentares. Desde aquele momento até hoje o processo de formação continua pela ação da erosão, transporte, deposição e consolidação, tendo como agentes a chuva, os rios, o gelo, o vento e a gravidade.

 Com a crosta solidificada e as rochas quentes logo abaixo (no manto), surgem outros fenômenos. A partir de 70 até 700 km em direção ao centro da Terra o manto ainda continua esfriando. Isto causa uma continua modificação no volume e um conseqüente enrugamento da crosta. Tal enrugamento produz fraturamentos e dobramentos das rochas da crosta. Ainda pelas fraturas, o magma sobe a superfície, originando os vulcões. As variações de temperaturas das diferentes camadas do planeta são as responsáveis pela instabilidade da crosta e mesmo pelo movimento das placas continentais. Os fraturamentos, os dobramentos, os fenômenos vulcânicos e a migração dos continentes produzem deformações nas rochas tanto ígneas como sedimentares, deformações estas que atuam sob a forma de esforços ou pressões e elevação de temperatura, imprimindo às rochas a eles submetidas outras características próprias das rochas denominadas metamórficas. Assim, as rochas mais antigas são as ígneas, com mais de três bilhões de anos; depois vêm as metamórficas, as quais se originaram das ígneas e das sedimentares mais antigas, e, finalmente, as rochas mais jovens, as sedimentares, uma vez que as mais antigas sofreram metamorfismo.

 ROCHAS ÍGNEAS OU MAGMÁGTICAS

O magma é um fluido natural muito quente constituído predominantemente por uma fusão de silicatos e mostrando proporções variadas de água, elementos voláteis ou de cristais em processo de crescimento. Trata-se de um material em fusão que, ao se solidificar, dá origem às rochas ígneas.

Origina-se a grandes profundidades, na parte inferior da crosta ou na porção superior do manto. Sua composição e características são discutíveis, já que o magma não pode ser estudado no seu local de origem. Uma boa idéia pode ser obtida, entretanto, pelo estudo das lavas, ou seja, do magma que extravasa pelos vulcões, embora se considere que uma grande perda de elementos voláteis ocorra neste caso.

Tipos de Atividades Magmáticas

O magma, uma vez formado, pode apresentar grande mobilidade, tendendo a ascender ao longo de fissuras da crosta, deslocando ou englobando as rochas vizinhas, podendo, eventualmente, extravasar à superfície ou então solidificar-se no interior mesmo da crosta.

 Plutonismo. De acordo com o local em que se dá a consolidação, há dois tipos básicos de atividade ígnea:

a)      o plutonismo, em que a consolidação ocorre no interior da crosta, dando origem às rochas plutônicas ou intrusivas. Nelas os minerais se agrupam e formam cristais visíveis a olho nu, como a maioria dos granitos utilizados na construção civil, nos quais conseguimos enxergar três componentes: quartzo, feldspato e mica;

b)      o vulcanismo, quando o magma irrompe e derrama-se à superfície para formar rochas vulcânicas ou efusivas (extrusivas), seu resfriamento ocorre rapidamente.


* No interior da crosta, os magmas ocupam espaços definidos denominados câmaras magmáticas. No caso dos vulcões, a câmara magmática é ligada com o exterior através do conduto vulcânico.

 METEORIZAÇÃO DAS ROCHAS

A porção externa e superficial da crosta é formado por vários tipos de corpos rochosos que constituem o manto rochoso. Estas rochas estão, como, vimos, sujeitas a condições que alteram a sua forma física e composição química. Estes fatores que produzem as alterações são chamados agentes de meteorização.

 O processo se dá em duas fases, física e química, que são a desintegração e a decomposição, respectivamente. A desintegração é a ruptura das rochas inicialmente em fendas, progredindo para partículas de tamanhos menores, sem, no entanto, haver mudanças na composição. Exceto nos climas áridos, a desintegração e a decomposição atuam juntas, uma vez que a ruptura física da rocha permite a circulação da água e de agentes químicos. Os organismos vivos concorrem também na desagregação puramente física e na decomposição química das rochas.

PROCESSOS FÍSICOS DE METEORIZAÇÃO

Congelamento da água. O congelamento da água por ocasião das grandes quedas de temperatura faz com que poros, orifícios e pequenas fraturas que estavam preenchidos se desintegrem, visto que há um aumento de um décimo de volume na passagem para o estado sólido exercendo grande pressão.

Variação de temperatura. A variação de temperatura, tanto diurna como noturna, bem como a variação nas estações, produz contínuas dilatações e contratações nas rochas.

 Esfoliação.  As rochas expostas aos agentes atmosféricos dividem-se geralmente em lâminas ou escamas concêntricas com a superfície. Este processo chama-se esfoliação e tem origem nas mudanças de volume da rocha.

Decomposição esferoidal.  Os blocos derivados de um sistema de fraturamentos sofrem, progressivamente, a partir de seus bordos, alteração, passando a argila, enquanto seu núcleo permanece inalterado. A expansão diferencial dos extremos alterados produz esfoliações concêntricas. O arredondamento é por meteorização in situ, e não porque foi rolado. Este tipo é  muito comum nas rochas basálticas do Sul do Brasil. Geralmente, processos químicos também atuam.

·         Os organismos vivos também participam na meteorização mecânica e da decomposição química. As raízes das plantas penetram nas fraturas das rochas e durante seu crescimento desenvolvem uma força tal que ultrapassa a resistência da própria rocha, rompendo-a. Além da ação dos restos vegetais decompostos que fornecem substancias húmicas, outros seres vivos, em sua maioria de pequenas dimensões, constituem agentes que desenvolvem atividades químicas destrutivas para as rochas.

ROCHAS SEDIMENTARES

Ao longo de milhões de anos, as partículas de rocha e solos erodidos, transportadas pelo vento e pelas águas, foram depositadas em depressões, formando grandes depósitos de sedimentos. Nesses depósitos formaram-se lagos e oceanos, e a compactação física e química das partículas dos sedimentos deram origem às rochas sedimentares, como o arenito e o calcário.

As rochas sedimentares podem apresentar-se estratificadas, ou seja, em camadas com idade e composição diferentes. Pesquisando essas estratificações, os geólogos conseguem identificar as variações climáticas que se processaram no decorrer da história geológica de determinada região. Na foto, o Grand Canyon e o Rio Colorado, em Utah (Estados UInidos, 1999).

As rochas sedimentares, desde sua origem até chegar ao local onde serão depositadas (bacias), sofrem a influencia de variáveis físicas, químicas e biológicas. Estas atuam na área fonte, no transporte, no meio em que são depositadas e posterior mente no próprio depósito (diagênese).

 Área fonte: é o local geográfico onde, sob a ação dos agentes acima mencionados, ocorrem intemperismo e erosão.

O clima: (temperatura e umidade) influi sobre o tipo de intemperismo que vai predominar na área fonte e conseqüentemente nas características dos produtos resultantes.

Ao longo do ciclo de transformações das rochas, o conjunto de fenômenos que ocorrem sob a influencia dos agentes externos constituem o ciclo exógeno de transformações através do qual se formam as rochas sedimentares.



Para sua Pesquisa.
Geografia Física
Profº Antonio Villarim
Email: villarim@ig.com.br




Conceitos geográficos trabalhados na disciplina de geografia física no ensino médio



Glossário



A

 Abalo sísmico: o mesmo que terremoto, tremor de terra. Movimento do interior da Terra que pode produzir ondas mais ou menos intensas e capazes de se propagar pelo globo.

 Abrasão: Designação geral que engloba todos os processos de erosão e modelação do relevo, desenvolvidos por agentes externos, tais como rios, mar, vento, gelo etc.

 Abrasão marinho: nome dado ao trabalho destruidor do mar na zona costeira.

 Abissal: região marinha com profundidades superiores a 1.000m, com sedimentação, temperaturas baixas e vida escassa.

 Acidente geográfico: formas do relevo.

 Agentes endógenos: são impulsionados pela energia contida no interior do planeta         (as forças tectônicas, ou tectonismo, que movimentam as placas e provocam dobramentos, terremotos e vulcanismo).

Agentes de erosão (exógeno): conjuntos de forças que contribuem para o desenvolvimento da erosão do relevo (destruição e sedimentação ou construção de novas formas).

 Afloramento rochoso: toda e qualquer exposição de rochas na superfície da Terra.

 Altitude: altura de qualquer ponto da superfície terrestre em relação ao nível do mar.

 Amplitudes térmicas: diferença entre temperaturas máximas e mínimas.

 Aqüífero: rocha ou camada porosa e permeável, situada a algumas dezenas de metros no subsolo, capaz de produzir água quando perfurada.

 Astenosfera: porção abaixo da litosfera, alcançando a profundidade de 700km, com propriedades fluidas e quentes, sobre a qual as placas tectônicas sofrem movimentos.

 Assoreamento: preenchimento de um leito fluvial, de um lago, uma represa ou uma zona portuária com sedimentos.

 Atol: colônias de corais e outros invertebrados, de forma circular, constituindo em seu interior uma laguna.



B





Bacias hidrográficas ou de captação: situadas entre divisores de água, são constituídas pelas vertentes e pela rede de rios principais, afluentes e subafluentes.

 Bacias sedimentares: são depressões do relevo preenchidas por fragmentos minerais de rochas erodidas e por sedimentos orgânicos; estes últimos ao longo do tempo geológico podem transforma-se em combustíveis fósseis.

 Balanço térmico global: equilíbrio da temperatura na Terra.

 Barra: saída de um rio, canal ou lagoa para o mar aberto, onde ocorre intensa sedimentação e formação de bancos de areia ou outros detritos.

 Barreira: formações terciárias que aparecem como falésias costeiras. Do ponto de vista geomorfológico, considera-se como barreira um litoral típico de falésia.

 Bauxita: mineral composto de óxidos hidratados de alumínio, do qual se obtém o alumínio.

 Biodegradável: que se decompõe biologicamente, por ação de microorganismos.

 Biodiversidade: total de espécies da flora e da fauna encontradas em um ecossistema. Quanto maior o numero de espécies, maior a biodiversidade.

 Biomassa: produtos orgânicos de origem vegetal (cana-de-açúcar, árvores, plantas ou mesmo resíduos agrícolas como palha de milho ou bagaço da cana), utilizados como fonte renovável de energia.

 Biotecnologia: estudo e aplicação dos avanços científicos e de dispositivos tecnológicos aos organismos vivos (ou a suas células e moléculas) para a produção de substâncias, gerando produtos comercializáveis com aplicações diversas nas áreas de saúde, agropecuária e meio ambiente.

 Brejos de altitude : ocorrem em alturas que variam de 500 metros a 1.110 metros. A presença da floresta, que resulta na evapotranspiração, associada ao relevo serrano, faz com que eles recebam mais chuvas que o restante do Semi-Árido. Enquanto o índice pluviométrico registrado na caatinga não ultrapassa 900 milímetros por ano, nos brejos esse número fica em torno de 1.200 milímetros anuais.


C

 Cabeceira: área onde existem os olhos d`água que dão origem a um curso fluvial.

 Cabedelo: diz-se dos pontais arenosos que se formam na embocadura de certos rios, prolongado em direção ao mar. Cabedelo é o diminutivo de cabo.

 Cabo: na topografia costeira assim se denomina a parte saliente da costa de regular altitude, que avança em direção ao mar.

 Cachoeira: queda d`água no curso de um rio, ocasionada pela existência de um degrau no perfil longitudinal do mesmo.

 Camada: seqüência de sedimentos, originada de um processo deposicional contínuo, uniforme e limitado.

 Campo magnético: campo de forças magnéticas ao redor da Terra que atuam sobre todos os corpos magnéticos ou correntes elétricas.

 Carvão: combustível fóssil (rocha) resultante de acumulação e transformação (bioquímica e geoquímica) da matéria vegetal através dos tempos.

 Chapada: planalto sedimentar típico, pois trata-se de um acamamento estratificado que, em certos pontos, está nas mesmas cotas da superfície de erosão. O topo é aplainado e as encostas, escarpadas. Também é conhecido como planalto tabular.

 Chapadão: termo regional utilizado para uma série de chapadas ou planaltos de superfície regular que aparecem nos Estados de Mato Grosso e Goiás.

 Choro: denominação usada no Ceará para as pequenas fontes que aparecem, por vezes, nos sopés das chapadas residuais, como a do Araripe.

 Clima: corresponde ao comportamento da atmosfera, é a sucessão ou o conjunto de variações dos estados do tempo em um determinado lugar.

 Continentes: porções emersas das placas da crosta terrestre, limitadas pelos mares que ocupam porções relativas e dinâmicas.

 Colina: pequenas elevações do terreno com declives suaves inferiores aos outeiros. A maioria das colinas constitui-se de formas de erosão.

 Complexo de dunas: refere-se a um grupo de dunas, que se move na paisagem.

 Crosta: porção externa da Terra, constituída pelos continentes e assoalhos dos oceanos, cujas espessuras têm em média 40 km.

 Cuesta: forma de relevo que possui um lado da escarpa abrupta e outro com declive suave. Essa diferença de inclinação ocorre porque os agentes externos atuaram sobre rochas com resistências diferentes.

 Cume: parte mais alta ou culminante de um morro ou de uma serra.

 Cúmulo: nuvem branca de grande desenvolvimento vertical, de base reta e topo arredondado, com formas que lembram novelos, flocos de algodão.



D

 Delta: depósitos fluvio aluvionares, descarregado em corpos de água (lagos ou oceanos) na desembocadura dos rios, permanecendo parte subaérea e parte submersa. A palavra Delta foi tirada da letra grega.

Denudação: processo continuo de desagregação (intemperismo) e transporte (erosão) de todas as áreas elevadas (continentes).,

 Depósito de talude: depósito acumulado na base de uma escarpa.

 Deposição: é o processo de sedimentação de detritos orgânicos e inorgânicos.

Depressão: área ou porção do relevo situada abaixo do nível do mar, ou abaixo do nível das regiões que lhe estão próximas.

 Deserto: região natural caracterizada pela pequena precipitação de chuvas muito irregular, situação típica de climas polares, áridos e semi-áridos. Em regiões de climas áridos e semi-áridos desenvolvem-se os desertos quentes, cujas espécies são xerófilas, destacando-se as cactáceas. Em regiões de climas polares, situadas nas zonas glaciais, desenvolvem-se os desertos gelados, com fauna e flora adaptadas a essas condições.

 Divisor de água: linha separadora das águas pluviais, relevo onde nascem os cursos de água.

 Dobra: deformações sofridas pelas camadas, sob formas variadas (côncavas e convexas), notadamente em áreas instáveis à da crosta terrestre, onde ocorrem movimentos tectônicos.

 Dolina: depressão de forma acentuadamente circular, afunilada, com larguras e profundidades variadas, que aparecem em terrenos calcários.

 Drenagem (rede): é o traçado produzido pelas águas fluviais que modelam a topografia.

 Duna: montes de areia móveis, depositados pela ação do vento dominante.
 

E

 Ecologia: estudo das relações naturais entre os organismos e o meio. Por extensão, podemos afirmar que consiste no estudo entre as sociedades e o quadro natural.

 Ecossistema: significa um complexo dinâmico de comunidades vegetais, animais e de microorganismos e seu meio inorgânico que interagem como unidade fundamental.

 Efeito estufa: processo caracterizado pelo aumento da temperatura das camadas atmosféricas inferiores da Terra, devido à retenção de calor irradiado pela superfície do planeta e em conseqüência do acúmulo de gases, em especial o dióxido de carbono. A poluição intensifica esse processo, que pode causar graves danos ambientais.

 Embasamento: conjunto (complexo) de rochas cristalinas sobre as quais geralmente jazem sedimentos em bacias mais novas.

 Enseada: praia com formato de arco mais aberto que uma baía.

 Eólico: refere-se a vento. Podendo ser usado para identificar o trabalho de destruição e de construção do relevo realizados pelo vento e as paisagens formadas a partir desses processos.

 Epicentro: ponto da superfície terrestre situado exatamente sobre o foco, ou seja, o local de origem de terremoto no interior da crosta.

 Epirogênese: movimentação tectônica com lento soerguimento e rebaixamento de grandes áreas da crosta terrestre.

 Equinócio: dia em que os raios solares incidem perpendicularmente ao Equador (de 21 a 23 de março e de 21 a 23 de setembro). Marca o inicio do outono ou da primavera.

 Erosão: envolve todos os processos de desagregação e remoção do material rochoso. Processo de modelagem da paisagem, de desgaste, de remoção e transporte de sedimentos.

 Erupção: atividade que resulta na expulsão de material de natureza vulcânica e partes das rochas encaixantes.

 Escarpa: rampa ou aclive de terrenos que aparecem nas bordas dos planaltos.

 Espaço geográfico: corresponde ao espaço que está sendo ou foi produzido pelos seres humanos, se relaciona com a dinâmica da natureza e com o continuo movimento de transformação da sociedade.

 Estalactite: rocha sedimentar encontrada em grutas calcárias e formada por bicarbonato de cálcio dissolvido em água. Essa formação pende do teto.

 Estalagmite: rocha sedimentar encontrada em grutas calcárias e formada por bicarbonato de cálcio dissolvido em água; provém de pingos de água que se acumulam no chão.

 Estratificação: estrutura dos sedimentos, caracterizada por laminas paralelas, ou não, horizontais ou inclinadas, evidenciadas por aspectos texturais, mineralógicos, coloração e outros, dentro de processo deposicional.

 Estrutura geológica: é o conjunto de rochas que forma o subsolo e sustenta as formas de relevo.

 Estuário: forma de desaguadouro de um rio no oceano. O estuário forma uma boca única e é, geralmente, batido por correntes de marés que impedem acumulação de detritos, como ocorre nos deltas.

 Extrusiva: rocha vulcânica que se derrama e solidifica sobre a superfície da Terra.


F

 Falésia: termo usado para designar as formas de relevo litorâneas abruptas ou escarpadas. O trabalho do mar nas falésias se faz pelo solapamento da base.

Falha: fraturas que se produzem o deslocamento ao longo de um plano, dos blocos resultantes.

Fiorde: corredores estreitos e profundos num litoral alto, cavados pela erosão glaciária, são hoje submersos invadidos pelo mar.

 Foco: ponto no interior das Terra onde a energia sísmica é liberada por ocasião dos terremotos (hipocentro).

 Fonte: lugar onde brotam ou nascem águas. Estas situam-se, geralmente, nas vertentes dos morros ou nos vales, ainda que possam aparecer em qualquer lugar, até mesmo debaixo do mar.

Fóssil: resto ou vestígio de seres orgânicos (vegetais ou animais) que deixaram suas pegadas na rocha da crosta terrestre.

 Fotoperíodo: período em que um ponto qualquer da superfície terrestre fica exposto aos raios solares.

Foz: boca de descarga de um rio, local onde desemboca suas águas.

Frentes: consiste no encontro entre duas massas de ar. Predominando o ar frio chamamos de frente fria; se, ao contrário, o ar quente avançar, chamamos de frente quente.

G

Gás natural: mistura gasosa encontrada em jazidas subterrâneas e que é utilizada como combustível não-poluente.

Geleira: massa de gelo que flui sob a ação da gravidade para regiões mais baixas. Grandes blocos de gelo se movem lentamente, por ação da gravidade, causando profundos desgastes nas rochas (erosão glaciária).

 Geografia: ciência que estuda o espaço construído. Faz a descrição, a análise e a explicação das transformações produzidas naturalmente ou através da ação humana.

 Geologia: ciência que estuda a estrutura da crosta terrestre, seu modelado externo e as diferentes fases da história física da Terra.

 Glaciação: formação de geleiras em grandes extensões da superfície da terra; a ultima glaciação ocorreu há cerca de 11 000 anos.

 Gondwana: antigo continente que até o fim do Paleozóico reunia a América, África, Índia, Austrália e Antártida, constituindo uma única massa de terras.
 

H

 Hidrocarboneto: composto químico que contem combustíveis, como o petróleo e o gás natural.

 Hidrosfera: todo o conjunto de sistemas líquidos contidos na Terra, tais como, rios, lagos, oceanos etc.

 Higrófita: planta adaptada a lugares úmidos, são perenes, apresentam folhas durante o ano todo.

 Húmus: matéria orgânica resultante da decomposição de plantas e animais. É encontrado na parte superficial do solo e lhe confere uma cor escura.

I

Icebergs: blocos de gelo formados em terra através do congelamento da água doce. Como a densidade dos “icebergs” é menor que a da água do mar eles flutuam, maior parte (mais de 1/5 do seu total) submersa.

 Igapó: área permanentemente alagada, ao longo dos rios, onde se desenvolve uma vegetação de pequeno porte que inclui espécie como a vitória-régia.

 Impacto ambiental: qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, diretamente ou indiretamente, afetam: a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; aa biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais.

Inselbergue: denominação usada para as elevações que aparecem em regiões de clima árido. São pouco alongadas e relativamente ilhadas, cuja evolução se fez em função de um sistema de erosão, com o clima semi-árido.

Intemperismo ou meteorização: processo de desagregação (intemperismo físico) e decomposição (intemperismo químico) sofrido pelas rochas. Conjunto de processos químicos, físicos e biológicos (ação da água, do vento, do calor, do frio e dos seres vivos) que provoca o desgaste e a decomposição das rochas.

Intrusiva: rocha ígnea que sofre o resfriamento no interior das encaixantes.


J

Jazidas: nome dado às reservas e aos depósitos de qualquer produto mineral ou fóssil encontrado no solo ou no subsolo.

 Jusante: o sentido em que correm as águas de uma corrente fluvial.


L

 Lagos: depressões do solo produzidas por causas diversas e cheias de águas confinadas, mais ou menos tranqüilas, pois dependem da área ocupada pelas mesmas.

Lagoa: depressão de formas variadas – principalmente tendendo a circulares – de profundidades pequenas e cheia de água doce.

Latifoliada: planta que possui folhas largas.

Laurásia: porção única de terras que reunia todos os continentes do Hemisfério Norte até o Paleozóico, separada do Gondwana pelo Mar de Tétis.

Lava: rochas fundidas a alta temperatura (magma), provenientes do interior da crosta terrestre.

Leito fluvial: canal escavado pelo talvegue do rio para o escoamento dos materiais e das águas.

Lençol freático ou Aqüífero: corresponde ao lençol d`água subterrâneo, situada sobre um terreno ou rocha impermeável. O reservatório subterrâneo contribui para aumentar o volume da água do rio, o qual, nessas condições, chama-se efluente. Por outro lado, particularmente nos desertos ou em regiões semi-áridas, o rio contribui para o abastecimento do manancial subterrâneo sendo então conhecido com o nome de influente.

 Litoral ou costa: faixa de terra emersa, banhada pelo mar. Em sentido restrito, o litoral compreende uma faixa que tem os seguintes limites: a) inferior – nível das marés baixas; b) superior - nível das marés altas.

 Litosfera: porção superior da Terra constituída pelos continentes, fundos oceânicos e parte superior do manto.

 Lixiviado: material residual de uma rocha que sofreu processos de intemperismo e/ou remoção de parte dos seus constituintes originais.

 Lixo atômico: material radiativo que sobra do processamento do urânio em centrais nucleares.


M

Manancial: região de mananciais é onde se encontram reservas de água potável (nascentes de rios, represas e lagos). Por isso, em geral, são áreas protegidas por lei e onde, conseqüentemente, a ocupação é restrita.

Mangue: terreno baixo, junto à costa, sujeito às inundações das marés. Os manguezais dispõem-se nas áreas de contato da água salgada oceânica com a água doce dos rios, num ambiente sujeito aos avanços e recuos diários das marés.

Mar de morros: denominação criada para as colinas que formam verdadeiros níveis. Conjunto de meias-laranjas.

Marmita: buracos que aparecem no leito dos rios produzidos pelas águas turbilhonares.

Massapê: denominado popular para os solos argilosos.

Massas de ar: são extensas porções de ar que se originam em grandes e homogêneas áreas (desertos, oceanos, planícies), adquirem as características do local de origem e transportam por áreas por onde passam, podendo influenciar as áreas sobre as quais estão se deslocando ou adquirir características das mesmas.

Maresia: movimento das águas do mar.

Matéria orgânica: formada por restos vegetais e animais não decompostos e pelo produto desses restos depois de decompostos por microorganismos. O produto resultante dessa decomposição é o húmus.

Meandro: sinuosidade descritas pelos rios, formando, por vezes, amplos semicírculos, em zona de terrenos planos.

Meio físico: é o mesmo que meio natural, isto é, caracterizado pelos diversos elementos físicos e bióticos.

Metamorfismo: conjunto de processos pelos quais os depósitos detríticos ou outros tipos de rochas venham a ser transformados.

Modelagem: ação dos agentes erosivos trabalhando o relevo.


N

 Neck: conduto de um vulcão, enchido de lava solidificada, cujo afloramento é realizado pelo trabalho seletivo da erosão diferencial que desbasta as rochas tenras que lhe estão ao redor.

 Nível zero: plano de referência adotado para medir as altitudes e as profundidades.


O

 Onda ou vaga: movimento de vaivém das águas do mar causado pelo vento.

 Ondas sísmicas: ondas de choques que se irradiam em círculos concêntricos a partir do foco de um abalo sísmico, o epicentro.

Orla maritima: é a linha de contato entre o mar e a terra.

 Orogênese: processos tectônicos intensos que deformam e elevam a crosta terrestre, dando origem a grandes cadeias montanhosas e atingindo áreas menores do que aquelas atingidas pela epirogênese.

Oxidação: compreende-se como sendo qualquer mudança que sofra um mineral, uma rocha ou mesmo um solo, graças à adição do oxigênio ou seu equivalente químico.


P

Paleontologia: ciência que estuda as formas de vida existentes em períodos geológicos passados por meio de fósseis.

Pântano: terreno plano, constituindo baixadas inundadas, junto aos rios.

Perene: que não tem interrupção.

 Petróleo: combustível liquido, escuro ou amarelo – esverdeado, formado por uma mistura de hidrocarbonetos, originária da matéria orgânica depositada com os sedimentos que preenchem as bacias sedimentares.

Petroquímica: é um ramo da industria química derivado da industria do petróleo, que produz insumos para fertilizantes, inseticidas, fungicidas, herbicidas, plásticos, fibras sintéticas (como náilon), tintas, corantes, adesivos, solventes, detergentes, explosivos, produtos farmacêuticos e outros.

Placas: partes individualizadas da crosta, rígidas e móveis, cujos limites geográficos são marcados por faixas de ocorrência de fenômenos tectônicos de natureza diversa.

Planalto: extensão de terrenos mais ou menos planos, situados em altitudes variáveis. Possui superfície elevada mais ou menos plana delimitada por escarpas íngremes onde o processo de degradação supera os de agradação. É circundado por superfícies mais baixas.

Planície: extensão de terreno mais ou menos plano onde os processos de agradação superam os de degradação. São de natureza sedimentar e, geralmente, de baixa altitude.

Plataforma continental: superfície submersa, inclinada, que se estende da região litorânea até o talude, cuja profundidade da lamina de água vai até aproximadamente 200 metros.

Pradaria: formação herbácea, composta basicamente de capim, que aparece em regiões de clima temperado continental.

Praia: depósito de areias acumuladas pelos agentes de transportes fluviais ou marinhos.

Praia fluvial: porção de terra localizada nas margens dos rios ou em algumas ilhas fluviais que ficam descobertas durante a vazante dos rios.

Práticas de manejo: qualquer programa de gestão estabelecido para utilizar ou conservar um determinado recurso ou ambiente.

Precipitação: fenômeno por meio do qual a nebulosidade da atmosfera se transforma em água, formando a neve, o granizo e a chuva.

Províncias geológicas: regiões com a mesma origem e formação geológica.


R

 Radiação: qualquer dos processos físicos de emissão e propagação de energia, seja por intermédio de fenômenos ondulatórios, seja por meio de partículas dotadas de energia cinética.

 Radiatividade: emissão de radiação ou partículas pelos núcleos atômicos de elementos instáveis encontrados na natureza (radiatividade natural) ou provenientes de elemento
Resultante de reações nucleares induzidas em reatores ou aceleradores de partículas.

Ravina: sulcos produzidos nos terrenos devido ao trabalho erosivo das águas de escoamento.

 Ravinamento: a água de escoamento superficial, ao sofrer certas concentrações, passa a fazer incisões. Também chamado de voçorocamento (formações de voçorocas).

Recife: formações geralmente litorâneas que aparecem próximas à costa, que diminui ou bloqueia o movimento das ondas.

Recife de arenito: diz-se dos recifes que resultam da cimentação de antigas praias, isto é, dos grãos de quartzo outrora incoerente.

Recife de corais: formações que resultam do crescimento de colônias de corais.

Recursos naturais: são todos os bens produzidos pela natureza: a energia solar, o ar, as rochas, os minerais, o solo, a água e os vegetais, entre outros.

Rede de drenagem: traçado dos rios e demais cursos d´água sobre o relevo.

Restinga ou flecha litorânea: faixa ou língua de areia, depositada paralelamente ao litoral, graças ao dinamismo destrutivo e construtivo das águas oceânicas.

Ressacas: são ondas de pequeno período, da ordem de segundos, com grande poder destrutivo, sendo geralmente acompanhadas por marés meteorológicas intensas, de períodos de dias.

Rio: corrente liquida resultante da concentração do lençol de água num vale. Podem se originar de fontes subterrâneas que se formam com as águas das chuvas ou de nascentes, do transbordamento de lagos ou da fusão de neves e geleiras.

Rio intermitente: que corre durante a época das chuvas.

Rio perene: cursos de água cujo leito menor está sempre transportando o deflúvio da bacia contribuinte.

Rizosfera: é a parte do solo, onde as raízes e os microorganismos interagem. Corresponde às partes mais superficiais do solo.

Rocha: conjunto de minerais ou apenas um mineral consolidado. Consiste num agregado natural.


S

Salinidade: refere-se à maior ou menor presença de sais nas águas oceânicas e nos solos das regiões áridas e semi-áridas.

Sedimento: material originado pela desagregação física e/ou química de rochas preexistentes, assim definido após transporte e deposição.

Serrapilheira: cobertura superficial do solo formada por folhas, galhos e frutos que caem das árvores e arbustos, além de plantas mortas de todos os tamanhos. Compõem ainda a serrapilheira excrementos de todos os tipos de animais, além deles próprios, quando morrem. Todo esse material orgânico incorpora-se ao solo, após sua decomposição, em forma de húmus.

Solo: camada superficial de terra arável possuidora de vida microbiana.

Solstício: dia em que os raios do solares incidem perpendicularmente ao trópico de Câncer (de 21 a 23 de junho), no hemisfério norte, ou ao trópico de Capricórnio (de 21 a 23 de dezembro), no hemisfério sul. Marca o inicio do verão, onde ocorre o fenômeno, e o inicio do inverno, no hemisfério oposto.


T

 Tabatinga: termo regional para designar argilas em geral, de colorações diversas.

 Tabuleiro: forma topográfica de terreno que se assemelha a planaltos, terminando geralmente de forma abrupta.

 Talude: superfície inclinada do terreno na base de um morro ou de uma encosta do vale onde se encontra um deposito de detritos.

 Talude continental: região submarina que se estende de 200 a 1.000 metros de profundidade e se encontra entre a plataforma continental e a zona abissal.

 Talvegue: linha de maior profundidade no leito fluvial. “caminho do vale”.

 Tectônica: ramo da geologia que estuda a movimentação de camadas, por efeito de forças endógenas causando uma arquitetura especial do subsolo. O termo vem do grego “tectônica” e significa construir, ou, arte de construir.

 Tômbolos: depósitos de areia que ligam uma ilha ao continente.

Transgressão: avanço do mar sobre extensa área continental, testemunhado por seqüências marinhas que permanecem recobrindo antigas superfícies.

Tropófilas: plantas adaptadas a uma estação seca e outra úmida.

Troposfera: nessa camada ocorrem as perturbações atmosféricas (chuva, veto, neve, granizo). Atinge até cerca de 10 quilômetros de altitude e concentra 75% dos gases e 80% da umidade atmosférica que forma as nuvens.

Tundra: vegetação rasteira, de ciclo vegetativo extremamente curto, desenvolve-se apenas durante aproximadamente três meses, quando ocorre o degelo de verão. São os musgos, nas baixas das úmidas, e os liquens, nas porções mais altas do terreno, onde o solo é mais seco.

U

Umidade: corresponde à quantidade de vapor de água encontrado na atmosfera em determinado instante, podendo ser expressa em números absolutos e relativos (%).

V

 Vazante: significa época de águas baixas no leito de um rio.

 Vertente: planos de declives variados que divergem das cristas enquadrando o vale.

Várzea: terreno baixos e mais ou menos planos que se encontram junto às margens dos rios.

 Voçoroca: escavação ou rasgão do solo ou de rocha decomposta, ocasionado pela erosão do lençol de escoamento superficial.


X
Xerófilas: plantas adaptadas à aridez. Ex. o cactos.





Bibliografia



 Dicionário Geológico-Geomorfológico

Guerra, Antonio Teixeira

Guerra, Antonio Jose Teixeira

Editora: Bertand Brasil

Geologia Geral

Popp, José Henrique

Editora: LTC

Coleção Explorando o Ensino da  Geografia

O Mar no Espaço Geográfico Brasileiro Vol. 8

Ministério da Educação

Geografia Geral e do Brasil

Moreira, João Carlos

Sene, Eustáquio de

Editora: scipione

Geografia Geral e do Brasil

Coelho, Marcos de Amorim

Terra, Lygia

Editora: Moderna

ATLAS ESCOLAR PERNAMBUCO

Espaço Geo-Histórico e Cultural

Editora: Grafset

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